segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Arquivos Turma da Mônica Especial N°500 - Edições Nº 500!

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O Blog completa 500 postagens. Então eu mostro como foram as edições "Nº 500" da turma. Nenhum teve 500 gibis na Editora Globo, por isso vou mostrar as edições que foram as verdadeiras 500, juntando todas as editoras se não tivesse reiniciado numeração.

Cascão e Chico Bento foram os primeiros a conseguiram alcançar essa marca histórica em 2001, ainda na Editora Globo, ambos nas suas edições  de "Nº 386". Na ocasião, a data passou em branco e as edições dos dois foram normais, já que na Globo eles não tinham essa preocupação de contagem com as 2 editoras e bem capaz de nem terem lembrado disso na época. Já os gibis da Mônica, Cebolinha e Magali, que alcançaram a marca pela Editora Panini em 2011, 2014 e 2015, respectivamente, tiveram edições especiais, feitas especialmente para comemorar a marca, cada um com sua particularidade. A seguir comento como foi cada edição individualmente:

Cascão:

A edição "Nº 386" da Editora Globo foi a que correspondeu ao "Nº 500", juntando 2 editoras (114 gibis da Ed. Abril e 386 da Globo, levando 19 anos para atingir a marca). Foi lançada em outubro de 2001 e uma edição absolutamente normal, com capa com piadinha do Cascão correndo atrás do Chovinista, que havia roubado o cofrinho de porquinho do Cascão para ele não quebrar.

A história de abertura foi "O truque das bolinhas", com 14 páginas, em que o Cascão faz malabarismo com 4 bolas e procura alguém para ver a sua façanha. Ele encontra o Cebolinha, mas sempre que o Cascão faz malabarismo, Cebolinha não está vendo, seja porque está lendo gibi do capitão Pitoco, ou desenhando, ou bolando plano infalível ou comprando sorvete, sempre está virado de costas. No final, Cascão se enfeza, taca as bolinhas no chão, que acabam fazendo um espetáculo de movimentos sincronizados e Cebolinha pede para o Cascão fazer aquilo de novo.
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Trecho da HQ "O truque das bolinhas"
As demais histórias foram simples e tiveram várias histórias mudas, que predominavam os gibis daquela época. Nos últimos gibis quinzenais eram quase todo só com histórias sem palavras. Em alguns até as de abertura eram assim, ou senão só a abertura tinha texto e as demais mudas. Uma verdadeira encheção de linguiça, até porque muitas delas eram longas demais. Para ter uma ideia, de 6 histórias no total dessa edição do Cascão, incluindo a tirinha final, 3 delas foram mudas. Para ser mais preciso ainda, nesse gibi foram 17 páginas com texto e 12 páginas mudas. Um absurdo.

Histórias com secundários foram com Penadinho e Bidu, como sempre acontecia nos gibis quinzenais do Cascão de ter sempre histórias desses núcleos. A do Penadinho com texto e a do Bidu muda, para variar. E a última história muda também com intermináveis 7 páginas no total, cheia de enrolação ao extremo. Definitivamente não foi um bom gibi.
Trecho da HQ "O truque das bolinhas"
Chico Bento:

A edição "Nº 386" da Editora Globo, também lançada em outubro de 2001, foi a "Nº 500" (114 gibis da Ed. Abril e 386 da Globo, também levando 19 anos para atingir a marca, afinal Cascão e Chico tiveram lançamentos juntos de suas revistas em 1982). A capa com piadinha do Chico pensando em pescar um peixe enorme, mas no rio só tem peixes pequenos, e, assim como aconteceu com Cascão, uma edição normal, repleta de histórias mudas.

A história de abertura foi "História de pescador", com 8 páginas no total. Embora a capa com tema de pescaria, foi apenas piadinha mesmo e não teve nada a ver com a história. Nela, Seu Peixoto, comendador e magnata da indústria pesqueira vai tirar dia de folga em Vila Abobrinha. Ele ensina empreendedorismo para o Chico e como ganhar dinheiro com a pesca e depois de ter explicado, Chico diz que ele já se diverte pescando e não precisa de geringonça e de dinheiro. No final, Seu Peixoto pede para secretária vender tudo que ele tem e compra rum sítio em Vila Abobrinha.
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Trecho da HQ "História de pescador"
O gibi teve 8 histórias no total, todas bem curtas, sendo que foram impressionantes 5 mudas. Ou foram completamente mudas, ou inserindo texto simples em quadrinhos avulsos. Para ter uma ideia, esse gibi teve 13 páginas com texto contra 16 páginas mudas. Ou seja, mais páginas sem palavras do que com texto. Quanto desperdício. Pior que a maioria dos gibis da época seguiam essa linha. Para mim, uma ou outra história curta sem texto tudo bem, mas gibi quase inteiro não dá.

De conteúdo, outro ponto curioso desse gibi foi que 5 histórias mostrando mensagem bonita e de reflexão, sem sombra de cenas incorretas que marcaram os gibis do Chico Bento. Dentre história de secundários, dessa vez foi do Piteco em vez do tradicional Papa-Capim. Sempre era o Papa-Capim que tinha histórias nos gibis quinzenais do Chico Bento, e sempre era de estranhar quando fugia disso. Nessa história do Piteco foi protagonizada por mamutes e só uma participação dele em 3 quadrinhos. Na de encerramento, foi outra muda, com texto só no último quadrinho. Esse gibi conseguiu ser pior do Cascão.
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Trecho da HQ "História de pescador"
Mônica:

Lançada em junho de 2011, a edição "Nº 54" da Panini correspondeu a "Nº 500", juntando as 3 editoras (200 gibis na Ed. Abril, 246 na Globo e 54 da Panini, levando 41 anos para atingir a marca). Foi uma edição especialmente feita para a ocasião, toda pensada na marca histórica de 500 edições. A capa com referência a edição "Nº 1" da Editora Abril de 1970 e abre com frontispício com os personagens de mãos dadas e explicando que aquela era uma edição especial.
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Frontispício da edição da 'Mônica Nº 500'
A edição teve 2 histórias principais, sem serem interligadas uma com a outra. A de abertura foi "As 500 edições da Mônica", com 32 páginas no total, dividida em 3 partes, em que a Mônica se dá conta que sua revista chegou ao "Nº 500", mas descobre que todas a suas 499 revistas anteriores sumiram misteriosamente da "Biblioteca das 500 edições", uma sala especial onde fica as memórias e lembranças de todo leitor. Na primeira parte, a Mônica é levada para a biblioteca pelo Jotalhão e a turminha e descobre do sumiço dos gibis.
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Trecho da HQ "As 500 edições da Mônica"
Na 2ª parte, eles usam o lápis mágico da Marina, no estilo de histórias "Fuga pelos Infinitos Gibis" e vão percorrer os diferentes núcleos da MSP atrás dos gibis perdidos. Eles encontram vilões (que não apareceram em gibis anteriores) e cada vez que eles brincam com os vilões, representando situações de capas passadas, surge um gibi antigo. Tipo, quando brincam de piratas em uma jangada de madeira, aparece o gibi da 'Mônica Nº 3', de 1970; se brincam de bombeiros, aparece a capa do gibi da 'Mônica Nº 31', de 1972, e assim por diante. Ou seja, as referências não foram a histórias, e, sim a capas antigas.

Na 3ª parte, tem o mistério desvendado de quem foi que roubou os gibis. Descobre-se que o culpado foi a vida adulta de um leitor que cresceu e perdeu as lembranças da infância. Os gibis estavam em armário de vidro atrás dele, mas que nem a Mônica não conseguia quebrar. Eles conseguem fazer o adulto a lembrar da sua infância perdida, ele se transforma em criança depois de tudo lembrado e finalmente o armário se quebra, recuperando, assim, os gibis. No final, Mônica corre atrás do Cebolinha ao descobrir que sua revista "Nº 500" só ele aparecia.
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Trecho da HQ "As 500 edições da Mônica"
Em seguida, vem uma página "Por que 500?" explicando o motivo daquela edição ser de "Nº 500", mostrando as numerações que tiveram em cada editora e capas das primeiras e últimas edições. Depois os passatempos, em 2 páginas, fizeram referência a histórias e capas antigas, só a seção de cartas normais.

A outra história foi "Outros 500!", com 34 páginas, em que o Xaveco altera o passado e se torna o personagem principal e a Mônica secundária, com ele tendo seu próprio gibi, inclusive. Então, Cebolinha viaja no tempo para consertar isso, através da máquina do tempo que usou na história "De volta para a historinha" ('Cebolinha Nº 60' - Ed. Globo, 1991).

Chegando no passado, ele sempre encontra Xaveco encarnando situações que eram da Mônica e o Cebolinha sempre consegue reverter, voltando a Mônica ser a principal. As passagens são da tirinha de 1963 e histórias "Mônica é daltônica?" (MN # 1, de 1970, que virou "Xaveco é daltônico?"), "Os Azuis" (MN # 15, de 1971, que virou "Os Amarelos"),"Romeu e Julieta" (MN # 115, de 1979), "Sansão! Esse é o nome do meu coelhinho!" (MN # 161, de 1983, que virou "Chavão, chaveiro azul de pelúcia"), "Mônica.,.. 100 forças" (MN# 100,de 1995) e "Rainha por um dia" (MN # 287, de 2002, que virou "Rei por um dia"). Em cada história, procuraram colocar traços parecidos como eram da época retratada.
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Trecho da HQ "Outros 500!"
Chegando no presente, com Mônica já voltando a ser personagem principal, descobre-se que não era o Xaveco, e, sim a boneca Tenebrosa que queria dominar o mundo e ter a sua própria revista. Mônica consegue derreter a boneca Tenebrosa quando canta a sua música-tema. No final, o Sansão começa a falar e eles correm , pensando que ele estava "tenebroso". Mas era apenas o Gnomo do coelhinho que vive dentro dele, que havia aparecido nas edições "Nº 5" de 1971 e "Nº 92", de 1977.

Teve erro nessa "Outros 500!" com o Cebolinha falando que faltavam 2 anos e 2 meses para o o gibi dele chegar ao 500. O certo era 2 anos e 8 meses. E quando falaram que"Sansão! Esse é o nome do meu coelhinho!" é de outubro de 1983, mas na verdade é de setembro. Após essa, tem ainda uma história de 1 página sem título, com a Mônica ter lido essa última história, achando absurdo aquilo tudo e Cebolinha mexe com a Mônica, falando que está caduca por não lembrar das suas histórias antigas e ela sai correndo atrás dele. E a tirinha final também comemorativa.

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Trecho da HQ "Outros 500!"
Achei um gibi legal, até os traços foram bacanas, só pecou no fato de na primeira história não mostraram os números das edições das capas retratadas. Além disso, em ambas histórias, foram poucas referências aos gibis da Globo. Prevaleceram gibis da Editora Abril e até os da Panini tiveram mais que da Globo. Nas miniaturas de capas mesmo pouquíssimas da Globo, e muitas delas, escondidas, como na cena da 2ª página da de abertura com a Mônica no quarto e as capas no alto, por exemplo. Podia ter também a Mônica batendo no cebolinha, e não, só correndo atrás dele. Coisas do politicamente correto.

Cebolinha:

Lançada em fevereiro de 2014, a edição "Nº 86" da Panini correspondeu a Nº 500, juntando as 3 editoras (168 gibis na Ed. Abril, 246 na Globo e 86 da Panini, levando 41 anos para atingir a marca). Com capa fazendo referência a Nº 1 da Editora Abril, 1973, esse gibi abre com um frontispício mostrando que é especial e a história de abertura foi "Cebolinha 500"com 37 páginas, dividida em 4 partes.

Nela, o Capitão Feio, inconformado que não teve uma história com ele na revista do Cebolinha "Nº 1" da Editora Abril, deseja reverter isso, voltando no tempo através do lápis mágico da Marina, que o Cebolinha havia roubado dela para fazer um plano infalível. Com o lápis mágico na mão, eles entram nos gibis antigos do Cebolinha e reencontram vários personagens antigos de todas as épocas. A partir daí, mostra personagens ou objetos pertencentes a histórias que marcaram época. No final, Capitão Feio se conforma que a história do gibi "Nº 500" foi com ele e a Mônica fala que a edição dela chegou à marca primeiro que a dele e então cebolinha abre a porta mágica para ele conseguir que sua revista seja lançada primeiro que a dela.
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Trecho da HQ "Cebolinha 500"
Todas as demais histórias do gibi são interligadas entre si com o lápis mágico da Marina, com o Cebolinha sendo perseguido pela Mônica através das histórias. A 2ª história foi com Mister B; a 3ª, com o Penadinho; a 4ª, com o Louco; e na 5ª, com Seu Juca. Na última história, Cebolinha põe em prática o seu plano infalível que ele estava desejando lá na primeira história, quando ele pegou o lápis mágico da Marina e o Capitão Feio interrompeu. Ele desejava entrar na primeira tirinha de jornal que a Mônica apareceu, publicada de 1963, para ele não apanhar da Mônica e, com isso, ele se tornar o personagem principal. E a tirinha final também comemorativa á data.

Assim como a 'Mônica Nº 500', os passatempos dessa edição do Cebolinha também fizeram referência a data. Um ponto ruim do gibi foram as letras digitalizadas, sem as tradicionais feitas a mão. Gostei mais desse gibi foram lembradas histórias de todos os tempos e de todas as editoras enquanto que no gibi da 'Mônica Nº 500', as referências ficaram mais restritas às histórias da Editora Abril. Ou seja, o do Cebolinha ficou mais diversificado. Para mais detalhes dessa revista, entre AQUI.

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Trecho da HQ "Cebolinha 500"
Magali:

Foi lançada em janeiro de 2015, com sua edição "Nº 97" da Panini correspondendo a "Nº 500", juntando 2 editoras (403 gibis da Ed. Globo e 97 da Panini, levando 26 anos para atingir a marca). A capa dessa vez não foi baseada na "Nº 1" da Ed. Globo, mostrando Magali comemorando a sua revista "Nº 500" com a turma, sua mãe e o Mingau. O gibi já começa direto com a história de abertura e não teve um frontispício anunciando que é comemorativa. Só história de abertura que foi especial, com 26 paginas, e as demais tudo normais.

A história de abertura foi "Magali 500 edições", com 26 páginas no total, em que a Bruxa Viviane aparece na casa da Magali reclamando que não foi convidada para a festa da 'Magali Nº 500'. Como a Magali não aceita a Bruxa Viviane participar da festa, ela lança um feitiço para a Magali dormir 500 edições, só que ela se engana com o feitiço e faz todos que estavam na festa dormirem. Com isso, foi o gancho para a Magali percorrer edições passadas para pegar ingredientes para preparar o elixir que irá desfazer o feitiço. No final, Magali consegue todos os ingredientes, todos acordam e comemoram as 500 edições da Magali, e ela deseja que o primeiro pedaço do bolo seja pra Bruxa Viviane e  o pedaço aparece aonde ela está.
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Trecho da HQ "Magali 500 edições"
A personalidade da Bruxa Viviane ficou diferente, apareceu na casa da Magali só porque não foi convidada para a festa e ainda ajudou a Magali a desfazer o feitiço que ela fez errado. Foram poucas referências a histórias antigas, que começam só a partir da página 11. Tudo de forma breve e passageira. Colocaram referência à história "A Melancia", publicada em 'Mônica Nº 47' (Ed. Abril, 1974), ocupando 2 páginas com passagem dessa história e que no lugar podia colocar outras marcantes que saíram em gibis da Magali. E ainda erraram o número da edição, colocando "Nº 74" no lugar de "Nº 47". Faltou mesmo mostrar vilões, extraterrestres, comidas falantes, bruxas, fadas que marcaram os gibis da Magali.

O resto do gibi tudo normal, com 10 histórias no total, incluindo a tirinha final, sendo 5 histórias curtas de 1 ou 2 páginas (4 delas foram com a Magali), e 4 histórias mudas no total, incluindo essas curtas e a tirinha. Histórias de secundários com Penadinho, Tina, Piteco e Dudu. Nem os passatempos foram fazendo alusão á histórias antigas. Ou seja, foi uma edição feita às pressas, mais por obrigação mesmo pra não passar a data em branco. Para mais detalhes dessa revista, entre AQUI.
Trecho da HQ "Magali 500 edições"
Lembrando que os gibis da Mônica, Cebolinha e Magali tiveram uma edição especial para colecionadores com capa metalizada e miolo com papel couché, com o mesmo conteúdo das versões originais, com tiragem limitada e custando R$ 1,00 mais caro cada uma. Abaixo, a capa delas:
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Capas das edições especiais comemorativas
Então, com certeza, mesmo com suas particularidades são edições especiais porque não é sempre que gibis conseguem atingir marca de 500 edições. Desses, Cebolinha foi melhor com mais referncias a todas as épocas, com Mônica também sendo legal. Magali podiam ter caprichado bem mais, já que foi pensada na ocasião especial, e Cascão e Chico, mesmo não sendo da Panini e não ter tido nada de especial, mas pelo menos podiam ter menos histórias mudas cansativas. Apesar de tudo, todas valem a pena ter na coleção pelo valor histórico de serem as verdadeiras "Nº 500".
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Créditos;)  Marcos Alves http://arquivosturmadamonica.blogspot.com.br/2016/08/edicoes-n-500.html

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